Desde
os primórdios, mesmo antes de Cristo, as plantas e os vegetais sempre estiveram
ao lado do ser humano. O homem já utilizava as plantas para alguns fins mais
básicos, como a alimentação. É descrito na Bíblia: o fruto proibido.
Figura 1
O fruto proibido
Fonte:
http://veja.abril.com.br/blog/cenas-urbanas/arquivo/trevas/
Acesso em 08 de outubro de 2013
Acesso em 08 de outubro de 2013
Com
o tempo o homem descobriu que as plantas e os vegetais poderiam ter outras
utilidades além da alimentação. Descobriu que poderia fabricar tecidos, com os
tecidos as roupas, com a madeira mais bruta poderia construir casas, móveis,
enfim, o homem começou a interagir com as plantas e vegetais de forma a obter
novas formas de utilização em sua vida diária e consequentemente melhorando seu
estilo e qualidade de vida.
Com
o passar do tempo, com a evolução progressiva e continua do ser humano, novas
tecnologias em equipamentos, novas ideias, novos conceitos foram sendo
desenvolvidos para inserir o homem a nova realidade capitalista.
Com
o desenvolvimento industrial o homem começou a ter novos conhecimentos
científicos, novos horizontes, novas tecnologias e com todo esse aparato novas
finalidades as plantas foram sendo desenvolvidas, além das finalidades já
conhecidas como a alimentação, a construção cível, a produção de papel e
tecidos.
Atualmente,
temos novos produtos provenientes de plantas e de vegetais e até mesmo de
produtos provenientes de plantas interagindo com bactérias e fungos. Temos
medicamentos altamente avançados no tratamento de câncer que são provenientes
de plantas, como os alcalóides da vinca rósea (Catharanthus roseus).
Temos
plantas sendo estudadas como possíveis descontaminantes de solo e até mesmo
pele “humana” artificial tendo como matéria-prima a cana-de-açúcar ou o
chá-verde em conjunto com leveduras e estudos referentes ao biodiesel a partir
de microalgas.
Alguns
dos avanços tecnológicos no tratamento do câncer em relação a medicamentos
derivados de plantas são os quimioterápicos antineoplásicos Vincristina e Vimblastina
derivados na vinca rósea (Catharanthus roseus), que são quimioterápicos
antineoplásicos empregados no tratamento de Linfoma de Hodgkin, Sarcoma de
Kaposi, câncer de ovário e testículos e Leucemia Linfoblástica Aguda infantil
(LLA). Outra descoberta importante em termos de antineoplásicos a base de
plantas é o Paclitaxel derivado da casca do teixo (Taxus baccata L. e Taxus
brevifolia Nutt.) capaz de regredir o câncer de mama e de ovário (BRANDÃO et
al., 2010).
Essas
drogas antineoplásicas são drogas que atuam durante a metástase, causando um
bloqueio na divisão celular, ou seja, são drogas ciclo celular específicas
(BRUNHEROTTI, 2007).
Como
podemos verificar as plantas são altamente utilizadas na prática medicinal. Com
o emprego de estudos cada vez mais específicos e modernos as plantas, além, de
nossos conhecidos chás passados de forma empírica de geração a geração são
potencialmente empregadas no tratamento do câncer de forma especifica em casa
fase celular da célula cancerígena.
Figura 2
Catharanthus roseus
Fonte: <http://www.biologie.uni-regensburg.de/Botanik/Schoenfelder/kanaren/flora_canaria_NZ.html>
Acesso em 08 de outubro de 2013.
Figura 3
Sulfato de vincristina
Figura
2. Fonte: http://www.hospitalardistribuidora.com.br/ecommerce_site/produto_6871_4241_VINCRISTINA-INJETAVEL-1MG-ZODIAC
As
novas “faces” das plantas não se restringem somente a extração de substâncias
capazes de combater o câncer entre outras patologias que acometem o ser humano,
mas também em descontaminar o solo.
Eis
que a contaminação ambiental surgiu a partir do inicio do desenvolvimento
industrial (LEITE e FACCINI, 2001).
Um
dos exemplos de contaminação ambiental é a contaminação do solo por metais
pesados. A contaminação do solo por metais pesados é proveniente da frequência
dos mesmos empregados no meio agrícola como fertilizantes e pesticidas,
extração mineral, emissão, disposição ou vazamentos acidentais de resíduos
industriais (ALMEIDA et al., 2008).
O
uso da tecnologia da fitorremediação para descontaminar solos esta sendo estuda
por universidades de Ciências e Biologia concomitante com institutos
agronômicos.
A
fitorremediação consiste no emprego de plantas como agente descontaminador de
solos poluídos, em especial, por metais pesados. Segundo Almeida et al. (2008),
a leguminosa feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) apresenta potencial elevado
de fitoextração para chumbo.
Fonte:
<http://biomasmarinhos.blogspot.com.br/> Acesso em 08 de outubro de 2013
Com
o mundo cada vez mais desenvolvido, com uma população mais ativa, com
estimativas de vida elevada e um poder de compra mais acessível o número de
veículos automotores é cada vez mais crescente e congestionante nas vias e
rodovias do mundo todo, em especial, nos grandes centros metropolitanos do
Brasil.
O
uso do biodiesel tem sido uma estratégica para diminuir a emissão de poluentes
na atmosfera e uma forma renovável para obtenção de combustíveis.
Um
estudo realizado pelo Instituto Nacional de Tecnologia do Rio de Janeiro tem
demonstrado o uso de microalgas para a obtenção de biodiesel de forma
econômica. Segundo o mesmo estudo as características físico-químicas encontras
no óleo extraído das microalgas são similares as características de óleos
vegetais já utilizados na obtenção do biodiesel, sendo assim, as microalgas
possuem um grande potencial como matéria-prima.
Figura 5
Tanque de cultivo
de microalgas da Petrobrás
Considerações
Como
podemos observar a capacidade do ser humano de adquirir ao longo do tempo
conhecimentos científicos, proporcionou ao mesmo descobrir, desenvolver e
aprimorar as propriedades das plantas e vegetais presentes na natureza,
atribuindo às plantas e vegetais o papel de “protagonistas” de diversos
materiais em prol a qualidade de vida do ser humano.
(Aqui
tem um vídeo sobre fitorremediação.)
Video
LINK VIDEO: Fitorremediação Alocasia macrorhiza (Orelha de elefante gigante) planta absorve metais pesados : <http://www.youtube.com/watch?v=iFZZklXuV2s>.
Bibliografia
Almeida,
E. L. de. et al. Crescimento de feijão-de-porco
na presença de chumbo.
Bragantina. Campinas, v. 67, n. 3, p. 569-576, 2008.
Brandão,
H. N. et al. Química e farmacologia de
quimioteráicos antineoplásicos derivados
de plantas. Química Nova. V.33, n.6, 1359-1369, 2010. Disponível
em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=scipdf&pid=S0100-404220100006000026&Ing=en&nrm=iso&tIng=pt>
acesso em 14 de agosto 2013.
Brunherotti,
M.R. Intervenções no extravasamento de
quimioterápicos vesicantes: revisão
da literatura. Dissertação de Mestrado à Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto/USP – Área de concentração: Enfermagem Fundamental. 143 páginas. 2007.
Leite,
J. C. L. Faccini. L.S. Defeitos
congênitos em uma região de mineração de carvão. Revista de Saúde. v. 35.
n. 2. São Paulo. Abr. 2001. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034/89102001000200006&script=sci_arttext>
Acesso em 14 de agosto de 2013.
E-referências
Biodiesel –
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Disponível em <http://www.mme.gov.br/programas/biodiesel/menu/biodiesel/perguntas.html>
Acesso em 14 de agosto de 2013.
Vídeo
sobre fitorremediação. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iFZZklXuV2s>
Acesso em 14 de agosto de 2013.
http://oncoexpress.com.br/site/index.php/catalogsearch/result/?cat=&q=doxorrubicina
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