domingo, 13 de outubro de 2013

Reino Protista


Inicialmente, a classificação dos seres vivos compreendia o Reino dos Animais e o Reino das Plantas. Mas, havia limitações entre esses dois reinos quando se consideravam os organismos unicelulares que apresentavam características intermediárias entre animais e plantas.
Então, como classificá-los?

Assim, surge à classificação do Reino Protista para agrupar os seres que apresentavam características intermediarias entre os dois reinos Animal e Vegetal.
Mas, ainda assim haviam seres não agrupados nos reinos existentes. Assim, outros sistemas de classificação foram propostos como a classificação com quatro reinos: Reino Animalia, Reino Plantae, Reino Protista e Reino Monera.

Figura 1 - Protozoários.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/bioprotista.php



Com o desenvolvimento de novas tecnologias de observação microscópica se fez necessário o surgimento de uma nova proposta de classificação dos seres vivos agora, com cinco reinos ao qual é o mais aceito atualmente.

A classificação dos seres vivos em um sistema que agrupa em cinco reinos é: Reino Animalia, Reino Plantae, Reino Protista, Reino Monera e Reino Fungi. 

Primeiramente, o Reino Protista agrupava os seres unicelulares eucariontes. Posteriormente, foram agrupadas ao Reino Protista as algas multicelulares recebendo o nome de Reino Protoctista, mas o termo Protoctista tem caído em desuso, sendo substituído pela sua forma semântica mais simples: Protista.

Dentro do Reino Protista devemos destacar os protozoários. Os protozoários são organismos unicelulares, eucarióticos, quiomio-heterotróficos, podem habitar água e o solo. Sua classificação teve como base sua estrutura locomotora.

Segundo Peixinho e Camandaroba (2002) em relação à classificação dos protozoários dentro do Reino Protista requer uma revisão regular devido a técnicas cada vez mais avançadas em relação à microscopia eletrônica, além de técnicas bioquímicas e genéticas que disponibilizam suporte cientifico em relação às várias espécies e grupos de protistas.

Dentro do Reino Protista temos o Sub-reino Protozoa que é constituído por cerca de 65.000 espécies conhecidas, das quais 50% são fósseis e 50% vivem entre nós. Destes 50%, aproximadamente 25.000 são de vida livre, 10.000 espécies são parasitas dos mais variados animais e apenas cerca de 30 espécies atingem o homem.

Atualmente, os Protozoa são divididos em sete filos:
      • Sarcomastigophora
      • Apicomplexa
      • Ciliophora
      • Labyrinthomorpha
      • Mactospora
      • Ascetospora
      • Myxospora
E destes sete filos os três primeiros são de grande interesse na Parasitologia Clínica: Sarcomastigophora, Apicomplexa e o Ciliophora.




No filo Sarcomastigophora os protozoários mais conhecidos são: Tripanossoma cruzi (causador da Doença de Chagas), o Leishamania ssp (causador da Leismaníase) e o Giardia lamblia (causador da Giardíase).
No filo Apicomplexa temos o causador da Malária o Plasmodium sp.

Figura 2 - Tripanossoma cruzi

                                                  

Fonte: http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Protozoa/Trypanosomacruzi.htm

Veja quadro abaixo os principais protozoários causadores de doenças no homem.


Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seresvivos6.html Acesso em 10 de outubro de 2013.


Vídeo



Bibliografia


Lopes, S. Rosso, S. Bio: volume 3. 1ª edição. São Paulo. Editora Saraiva. 2010.

Peixinho, S. Camandaroba, E. Caracterização de eucariontes basais: protozoários. Instituto de Biologia - Departamento de Zoologia. Disciplina: Bio 005-Zoologia I. 2002. Disponível em:  <http://www.zoo1.ufba.br/protozgeral.htm> Acesso em 03 de setembro de 2013.
E-referências:
http://blog.cca.ufscar.br/lamam/files/2010/07/aula3_protozo%C3%A1rios1.pdf Acesso em 10 de outubro de 2013.

http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/protozoarios.htm Acesso em 08 de outubro de 2013.

Vídeo

Episódio 89 – Protozoários (O mundo de Beakman. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=fHqjLNPQJLs>. Acesso em 08 de outubro de 2013.

Plantas e vegetais: mil e uma utilidades

Desde os primórdios, mesmo antes de Cristo, as plantas e os vegetais sempre estiveram ao lado do ser humano. O homem já utilizava as plantas para alguns fins mais básicos, como a alimentação. É descrito na Bíblia: o fruto proibido.
Figura 1 
O fruto proibido

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/cenas-urbanas/arquivo/trevas/
Acesso em 08 de outubro de 2013

Com o tempo o homem descobriu que as plantas e os vegetais poderiam ter outras utilidades além da alimentação. Descobriu que poderia fabricar tecidos, com os tecidos as roupas, com a madeira mais bruta poderia construir casas, móveis, enfim, o homem começou a interagir com as plantas e vegetais de forma a obter novas formas de utilização em sua vida diária e consequentemente melhorando seu estilo e qualidade de vida.
Com o passar do tempo, com a evolução progressiva e continua do ser humano, novas tecnologias em equipamentos, novas ideias, novos conceitos foram sendo desenvolvidos para inserir o homem a nova realidade capitalista.
Com o desenvolvimento industrial o homem começou a ter novos conhecimentos científicos, novos horizontes, novas tecnologias e com todo esse aparato novas finalidades as plantas foram sendo desenvolvidas, além das finalidades já conhecidas como a alimentação, a construção cível, a produção de papel e tecidos.
Atualmente, temos novos produtos provenientes de plantas e de vegetais e até mesmo de produtos provenientes de plantas interagindo com bactérias e fungos. Temos medicamentos altamente avançados no tratamento de câncer que são provenientes de plantas, como os alcalóides da vinca rósea (Catharanthus roseus).
Temos plantas sendo estudadas como possíveis descontaminantes de solo e até mesmo pele “humana” artificial tendo como matéria-prima a cana-de-açúcar ou o chá-verde em conjunto com leveduras e estudos referentes ao biodiesel a partir de microalgas.
Alguns dos avanços tecnológicos no tratamento do câncer em relação a medicamentos derivados de plantas são os quimioterápicos antineoplásicos Vincristina e Vimblastina derivados na vinca rósea (Catharanthus roseus), que são quimioterápicos antineoplásicos empregados no tratamento de Linfoma de Hodgkin, Sarcoma de Kaposi, câncer de ovário e testículos e Leucemia Linfoblástica Aguda infantil (LLA). Outra descoberta importante em termos de antineoplásicos a base de plantas é o Paclitaxel derivado da casca do teixo (Taxus baccata L. e Taxus brevifolia Nutt.) capaz de regredir o câncer de mama e de ovário (BRANDÃO et al., 2010).
Essas drogas antineoplásicas são drogas que atuam durante a metástase, causando um bloqueio na divisão celular, ou seja, são drogas ciclo celular específicas (BRUNHEROTTI, 2007).
Como podemos verificar as plantas são altamente utilizadas na prática medicinal. Com o emprego de estudos cada vez mais específicos e modernos as plantas, além, de nossos conhecidos chás passados de forma empírica de geração a geração são potencialmente empregadas no tratamento do câncer de forma especifica em casa fase celular da célula cancerígena.

Figura 2   
 Catharanthus roseus
      
Fonte: <http://www.biologie.uni-regensburg.de/Botanik/Schoenfelder/kanaren/flora_canaria_NZ.html> 
Acesso em 08 de outubro de 2013.


Figura 3

Sulfato de vincristina

Figura 2. Fonte: http://www.hospitalardistribuidora.com.br/ecommerce_site/produto_6871_4241_VINCRISTINA-INJETAVEL-1MG-ZODIAC

As novas “faces” das plantas não se restringem somente a extração de substâncias capazes de combater o câncer entre outras patologias que acometem o ser humano, mas também em descontaminar o solo.
Eis que a contaminação ambiental surgiu a partir do inicio do desenvolvimento industrial (LEITE e FACCINI, 2001).
Um dos exemplos de contaminação ambiental é a contaminação do solo por metais pesados. A contaminação do solo por metais pesados é proveniente da frequência dos mesmos empregados no meio agrícola como fertilizantes e pesticidas, extração mineral, emissão, disposição ou vazamentos acidentais de resíduos industriais (ALMEIDA et al., 2008).
O uso da tecnologia da fitorremediação para descontaminar solos esta sendo estuda por universidades de Ciências e Biologia concomitante com institutos agronômicos.
A fitorremediação consiste no emprego de plantas como agente descontaminador de solos poluídos, em especial, por metais pesados. Segundo Almeida et al. (2008), a leguminosa feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) apresenta potencial elevado de fitoextração para chumbo.

Figura 4 
Mecanismos da fitorremediação


Fonte: <http://biomasmarinhos.blogspot.com.br/> Acesso em 08 de outubro de 2013

Com o mundo cada vez mais desenvolvido, com uma população mais ativa, com estimativas de vida elevada e um poder de compra mais acessível o número de veículos automotores é cada vez mais crescente e congestionante nas vias e rodovias do mundo todo, em especial, nos grandes centros metropolitanos do Brasil.
O uso do biodiesel tem sido uma estratégica para diminuir a emissão de poluentes na atmosfera e uma forma renovável para obtenção de combustíveis.
Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Tecnologia do Rio de Janeiro tem demonstrado o uso de microalgas para a obtenção de biodiesel de forma econômica. Segundo o mesmo estudo as características físico-químicas encontras no óleo extraído das microalgas são similares as características de óleos vegetais já utilizados na obtenção do biodiesel, sendo assim, as microalgas possuem um grande potencial como matéria-prima.
As vantagens no emprego das microalgas como matéria-prima estão nos custos relativamente baixos tanto para colheita e transporte, menos gasto de água comparado ao cultivo de outras plantas além de que as microalgas apresentam um índice eficaz de fixação de gás carbônico.

 Figura 5 
Tanque de cultivo de microalgas da Petrobrás


Fonte: <www.businessreviewbrasil.com.br> Acesso em 08 de outubro de 2013

Considerações

Como podemos observar a capacidade do ser humano de adquirir ao longo do tempo conhecimentos científicos, proporcionou ao mesmo descobrir, desenvolver e aprimorar as propriedades das plantas e vegetais presentes na natureza, atribuindo às plantas e vegetais o papel de “protagonistas” de diversos materiais em prol a qualidade de vida do ser humano.
(Aqui tem um vídeo sobre fitorremediação.)


Video

LINK VIDEO: Fitorremediação Alocasia macrorhiza (Orelha de elefante gigante) planta absorve metais pesados : <http://www.youtube.com/watch?v=iFZZklXuV2s>.





Bibliografia
Almeida, E. L. de. et al. Crescimento de feijão-de-porco na presença de chumbo. Bragantina. Campinas, v. 67, n. 3, p. 569-576, 2008.
Brandão, H. N. et al. Química e farmacologia de quimioteráicos antineoplásicos derivados de plantas. Química Nova. V.33, n.6, 1359-1369, 2010. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=scipdf&pid=S0100-404220100006000026&Ing=en&nrm=iso&tIng=pt> acesso em 14 de agosto 2013.
Brunherotti, M.R. Intervenções no extravasamento de quimioterápicos vesicantes: revisão da literatura. Dissertação de Mestrado à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP – Área de concentração: Enfermagem Fundamental. 143 páginas. 2007.
Leite, J. C. L. Faccini. L.S. Defeitos congênitos em uma região de mineração de carvão. Revista de Saúde. v. 35. n. 2. São Paulo. Abr. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034/89102001000200006&script=sci_arttext> Acesso em 14 de agosto de 2013.

E-referências

Biodiesel – Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Disponível em <http://www.mme.gov.br/programas/biodiesel/menu/biodiesel/perguntas.html> Acesso em 14 de agosto de 2013.

Vídeo sobre fitorremediação. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iFZZklXuV2s> Acesso em 14 de agosto de 2013. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Alelopatia e suas aplicações


Estudos acerca da fisiologia vegetal proporcionaram ao homem o conhecimento científico de como as plantas se desenvolvem, como se reproduzem e qual o melhor meio que contribui para o seu desenvolvimento de maneira mais quantitativa e qualitativa.
Na agricultura a fisiologia vegetal é empregada de forma a conhecer a plantação a ser cultivada, ou seja, conhecer é o seu “funcionamento interno” e não somente se a planta cresce, mas como cresce, como se desenvolve, como interage com o meio ao qual será cultivada.
Há também estudos na área da fisiologia vegetal acerca da alelopatia, ou seja, de como as plantas interagem entre si, agindo como efeito inibitório ou benéfico, direto ou indireto, de uma planta sobre a outra, via produção de compostos químicos que são liberados no ambiente.
A prática da alelopatia (uso de aleloquímicos) tem sido empregada pala agricultura como uma alternativa ao uso de herbicidas, inseticidas e nematicidas.
Segundo Ferreira e Aquila (2000), os aleloquímicos são substâncias provenientes do metabolismo secundário das plantas, porque na evolução das plantas representaram alguma vantagem contra a ação de microorganismos, de vírus, de insetos e outros patógenos ou até mesmo de predadores, seja estas sustâncias inibindo a ação destes ou estimulando o crescimento ou o desenvolvimento das plantas. A vegetação de uma determinada área pode ter um modelo de sucessão condicionada às plantas preexistente e às substâncias químicas que elas liberaram no meio, ou seja, aos aleloquímicos liberados pelas plantas preexistentes.
Assim, o uso de aleloquímicos como alternativa a inseticidas apresenta-se de forma menos agressiva ao meio, pois se faz uso de uma planta para o desenvolvimento de outra ao qual é a planta de cultivo, a planta que será comercializada ou usada para outros fins lucrativos.
Um exemplo prático de uso de uma planta (alelopatica) como alternativa a inseticidas é o cultivo de girassol e milho. Plantando girassol cercando uma roça de milho, no caso o girassol seria como um “inseticida natural”, mas sem matar as lagartas. As lagartas preferem comer o girassol a comer o milho. Assim, o milho se desenvolve sem a necessidade de inseticidas agressivos.

Outro exemplo prático de inseticida natural é a plantação de feijão-de-porco em locais que são infestados pelas tiriricas ou pelo capim alho. As raízes do feijão-de-porco liberam toxinas no solo que por sua vez controlam a multiplicação da tiririca e do capim alho.

                                                                                                  Foto 1



Fonte:<http://alelopatianatural-ea.blogspot.com.br/p/fotos-de-algunos-ejemplos-de-alelopatia.html> Acesso em 06 de outubro de 2013.                             


Foto 2
     

Fonte:<http://galeria.ufsc.br/fazenda/2012/20120305+Fazenda+Bananal+Alelopatia+crotalariaXtagetes-calendula+004.jpg.htm> Acesso em 06 de outubro de 2013.

Essa tecnologia na agricultura só foi possível graças ao estudo da fisiologia vegetal, pois através dele chegou-se ao conhecimento dos gases e das substâncias liberadas pelas plantas no meio.


Vídeo






Bibliografia

Alelopatia e os agrossistemas. Herbert Vilela. Disponível em: <http www.agronomia.com.br/conteudo/artigos_alelopatia_e_os_agrossistemas.html> Acesso em 24 de setembro de 2013.

Alelopatia: plantas companheiras e plantas antagônicas. Disponível em: <http://tudosobreplantas.wordpress.com/2012/05/22/alelopatia-plantas-companheiras-e-plantas-antagonicas/#more-5576> Acesso em 06 outubro de 2013.

Ferreira, G. A. Aquila, M.E.A. Alelopatia: uma área emergente da ecofisiologia. Revista Brasileira Fisiologia Vegetal. v. 12. Edição especial. 175-204. 2000. Disponível em: <http://www.uv.mx/personal/tcarmona/files/2010/08/Gui-y-Alvez-1999.pdf> Acesso em 24 de setembro de 2013.

Vídeo sobre Substâncias Alelopáticas disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=dJkA9t9_XSw> Acesso em 08 de outubro de 2013.








domingo, 6 de outubro de 2013

Mitose: divisão fantástica.

Todos nós, seres humanos, somos seres oriundos de uma única célula, o zigoto, que surge da união do espermatozóide com o óvulo. Essa célula denominada zigoto sofre sucessivas divisões que dão origem ao nosso organismo, que por sua vez será dotado de trilhões de células.
No nosso organismo temos as células especializadas encarregadas na manutenção do nosso corpo, pela regeneração de nossos tecidos. Enfim, são responsáveis por “fabricar” peças novas e substituir as peças mais gastas, esse processo especializado contribui para nosso crescimento e é realizado através de divisões celulares. As células responsáveis por esse processo de manutenção do nosso organismo recebem o nome de células somáticas e sua divisão celular recebe o nome de divisão mitótica, ou simplesmente, mitose.
A mitose é uma divisão celular equitativa, onde uma única célula após sofrer o processo divisão celular - a mitose - dá origem a duas células-filhas idênticas a célula mãe. Ou seja, a célula-mãe transfere todo o seu patrimônio genético a suas filhas.
Esse processo de divisão celular é caracterizado por uma única ocorrência de duplicação dos cromossomos para cada divisão do núcleo, ou seja, há somente um ciclo de divisão contínuo e seqüencial.
A mitose é um processo de divisão contínua, ou seja, não há quebra. É uma sequência de sucessivas ocorrências dentro da célula, mas para melhor compreensão do que ocorre dentro da célula a mitose é divida em quatro etapas que seguem a seguinte ordem: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Mas, qual seria a razão de termos células responsáveis pelo nosso desenvolvimento, crescimento e manutenção senão pudéssemos procriar?
Para isso temos em nosso organismo as células responsáveis pela perpetuação e continuidade de nossa espécie. As células responsáveis por essa capacidade de continuidade são denominadas células germinativas.
As células germinativas do nosso organismo também sofrem divisões sucessivas. Diferentemente das células somáticas que dão origem a células idênticas a célula original, as células germinativas dão origem a células geneticamente diferentes entre si.
O processo de divisão celular capaz de perpetuar a espécie é denominado de divisão meiótica, ou simplesmente, meiose.
A meiose é caracterizada por uma única ocorrência de duplicação dos cromossomos, porém, diferentemente da mitose, temos duas divisões nucleares. A ocorrência dessas duas divisões nucleares é que proporciona a origem de quatro células-filhas com a metade do número de cromossomos presentes na célula-mãe. Ou seja, a célula mãe dividi o seu patrimônio genético entre suas filhas.
Durante a meiose há uma redução do patrimônio genético “doado” da célula-mãe para suas filhas, assim, conferindo a meiose uma importância fundamental na manutenção do número constante de cromossomos na espécie. Na fecundação nossas células haplóides (gametas) fundem-se dando origem a um zigoto diplóide; e, através da meiose, nossas células diplóides originam células haplóides. Caso não houvesse a meiose como um processo de divisão reducional, toda vez que tivéssemos uma fecundação o número de cromossomos duplicaria de geração em geração.
No processo de divisão meiótica temos duas divisões nucleares contínuas e sequenciais ao qual podemos denominar essas divisões para fins didáticos como: meiose I (reducional) e meiose II (equitativa).
Na meiose I (reducional) os núcleos resultantes apresentam a metade do número de cromossomos do núcleo original. Já na meiose II (equitativa) o número de cromossomos dos núcleos é o mesmo dos núcleos que iniciaram o processo da meiose.
Dentro o processo da meiose I temos de forma contínua e sequencial as seguintes etapas: prófase I (leptóteno,zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese ), metáfase I, anáfase I e telófase I.
Já na meiose II (equitativo) temos: prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.

Vamos agora compreender o que ocorre dentro da célula-mãe que sofre tanto mitose como meiose.

Antes que a célula-mãe entre em divisão celular é necessário que a mesma passe por algumas alterações em sua estrutura, ocorrendo em seu interior atividades metabólicas que são necessários para seu desenvolvimento. Esse período em que a célula passa por essas atividades metabólicas é denominado de Intérfase.
Por sua vez, a interfase também é dividida em três fases:

    1. Fase G¹ - fase que antecede a duplicação do DNA, caracterizando-se por uma intensa produção de RNA e de proteínas diversificadas;
    2. Fase S – fase em que ocorre a duplicação do DNA,
    3. Fase G² - fase em que a célula volta produção intensiva de proteínas.
Variação do teor de DNA durante o ciclo celular.

Fonte: <http://www.japassei.pt/espreitar-os-conteudos---materiais/bio-geo-ii-11----1-crescimento-e-renovacao-celular> Acesso em 06 de outubro de 2013.

Mitose
A mitose é uma divisão celular equitativa, onde uma única célula após sofrer o processo divisão celular - a mitose - dá origem a duas células-filhas idênticas a célula mãe. Ou seja, a célula-mãe transfere todo o seu patrimônio genético a suas filhas.


Fonte: <http://bioerem.blogspot.com.br/2010/09/blog-post.html> acesso em 06 de outubro de 2013
A mitose compreende quatro fases contínuas e sequencias. Veremos agora o que caracteriza cada uma dessas fases.

1            1.  Prófase:

1.      Inicio da condensação de DNA;
2.      Migração dos centríolos para pólos opostos da célula;
3.      Inicio da desintegração da carioteca,
4.      Desaparecimento do nucléolo.

2           2.     Metáfase:

1.      Centríolos se encontram nos pólos opostos da célula;
2.      Cromátides pressas pelos fios do fuso,
3.      Cromossomos localizados na placa equatorial da célula.
      3.    Anáfase:
1.      Migração das cromátides irmãs para os pólos da célula.
     4.    Telófase:
1.      Cromossomos chegam aos pólos opostos da célula;
2.      Descondensação dos cromossomos,
3.      Reaparecimento do nucléolo e da carioteca.

   Citocinese: divisão citoplasmática.


Fonte: <http://www.essaseoutras.xpg.com.br/wp-content/uploads/2011/06/mitose-fases-ciclo.gif> Acesso em 06 de outubro de 2013

Meiose
A meiose é caracterizada por uma única ocorrência de duplicação dos cromossomos, porém, diferentemente da mitose, temos duas divisões nucleares. A ocorrência dessas duas divisões nucleares é que proporciona a origem de quatro células-filhas com a metade do número de cromossomos presentes na célula-mãe. Ou seja, a célula mãe dividi o seu patrimônio genético entre suas filhas.
No processo de divisão meiótica temos duas divisões nucleares contínuas e sequenciais ao qual podemos denominar essas divisões para fins didáticos como: meiose I (reducional) e meiose II (equitativa).
Na meiose I (reducional) os núcleos resultantes apresentam a metade do número de cromossomos do núcleo original. Já na meiose II (equitativa) o número de cromossomos dos núcleos é o mesmo dos núcleos que iniciaram o processo da meiose.


Fonte: <http://lucianecantalicebiologia.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html> Acesso em 06 de outubro de 2013

Meiose I (fase reducional).
Na divisão I da meiose os núcleos resultantes apresentam metade do número de cromossomos do núcleo original, o que proporciona a constante de cromossomos na espécie humana.
Na meiose I ocorrem as seguintes fases de forma também contínua e sequencial: prófase, anáfase, metáfase e telófase. Mas, durante a etapa de prófase temos cinco subfases: leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese.
Veremos agora o que caracteriza cada uma dessas fases e subfases da prófase I.

Prófase I:

ü  Desorganização da carioteca;
ü  Duplicação dos centríolos e migração para os pólos opostos;
ü  Formação das fibras protéicas do fuso;
ü  Pareamento dos cromossomos homólogos.
Dentro da prófase encontramos as seguintes subfases:
            A.   Leptóteno:

ü  Inicio da condensação dos filamentos de cromatina.

B.  Zigóteno:
ü  Inicio do pareamento dos cromossomos homólogos denominado de sinapse.

C.  Paquíteno:
ü  Pareamento completo dos cromossomos homólogos permitindo o inicio da crossing-over;
ü  Cromossomos homólogos apresentam quatro cromátides, denominando-se bivalente e tétrade.
D.  Diplóteno:
ü  Complementação do crossing-over, onde ocorre uma ruptura em regiões correspondentes de cromátides homólogas, esse processo proporciona a variabilidade gênica;
ü  Os segmentos de uma cromátide que sofreram a ruptura permutam entre os segmentos que sofreram ruptura de outra cromátide homóloga,
ü  A região onde ocorre a permuta denomina-se quiasma.
E.   Diacinese:
ü  Cromossomos atingem sua condensação máxima,
ü  Aumenta a separação dos homólogos e a compactação da cromatina.

Metáfase I:
ü  Cromossomos homólogos pareados (tétrades) se encontram na região equatorial da célula,
ü  Centrômeros ligados pelas fibras do fuso.

Anáfase I:
ü  Encurtamento das fibras do fuso;
ü  Migração dos cromossomos para pólos opostos da célula (sem a separação das cromátides-irmãs).
           Telófase I:
ü  Descondensação dos cromossomos;
ü  Reorganização da carioteca e do nucléolo,
ü  Citocinese.

Meiose II (fase equitativa)
A meiose II é muito semelhante à mitose, também sendo considerada um processo de divisão equitativo. Durante o processo de meiose II teremos as seguintes fase e suas características.
Prófase II:
ü  Formação do fuso de fibras protéicas;
ü  Desaparecimento da carioteca e do nucléolo;
ü  Inicio da condensação dos filamentos de cromatina.
Metáfase II:
ü  Cromossomos dispostos na placa equatorial da célula;
ü  Duplicação do centrômero;
ü  Separação das cromátides-irmãs.
Anáfase II:
ü  Encurtamento das fibras do fuso,
ü  Migração ds cromossomos para os pólos opostos da célula.
Telófase II:
ü  Descondensação dos cromossomos;
ü  Reorganização da carioteca e do nucléolo.
Ao término da telófase ocorre uma nova citocinese com a formação final de quatro células-filhas haplóides (n), a partir de uma célula-mãe (2n).



Fonte: <http://espacogeobiologico.blogspot.com.br/2010/06/mitose-vs-meiose.html> Acesso em 08 de outubro de 2013.



Videos





LINK: VIDEO MITOSE E MEIOSE DE TATIANA SCABIO: <http://www.youtube.com/watch?v=jn-LfjZZMzg>. 

Bibliografia:

Paulino, W.R. Biologia: citologia/histologia. 1ª edição. São Paulo. Editora Ática. 2005.
Video Mitose da Paixão, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=4bpYuwiy3W0> Acesso em 15/03/2013.
Vídeo mitose e meiose, disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=jn-LfjZZMzg> Acesso em 14/04/2013.